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Isaías 9.6.

Um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

London is incredible!!!

Nesse post, pretendo apresentar a continuidade da minha viagem à Europa. Dessa vez, o foco é a Inglaterra, depois de ter conhecido a França (post anterior).

Dia 4: Canterbury 
No 4º dia da viagem à Europa, após atravessar o Canal da Mancha, chega-se ao porto de Dover e seus penhascos brancos (white cliffs of Dover). Foi preciso atrasar o relógio em uma hora (a França estava no horário de verão).

Após passar pelo porto, há uma subida em direção ao planalto da ilha britânica pela Dover Road (A2). Um susto, afinal, a mão de direção na Inglaterra é invertida. Muito estranho ver os veículos vindo pelo lado esquerdo. Pior é que mesmo após três dias em terras britânicas, ainda não tinha me acostumado.

Quarenta minutos depois de deixar o porto de Dover, chegamos a Canterbury. Uma cidade espetacular, com aproximadamente 50 mil habitantes, mas muito movimentada. Trata-se de uma cidade histórica no condado de Kent que já foi capital dos Celtas e dos Jutos. Cidade com atrativos turísticos como a muralha construída pelos romanos, a Catedral, universidades e o Canterbury Gardens, um jardim florido e tranquilo na beira do Rio Great Stour.

Os habitantes de Canterbury são muito receptivos. Foi nessa cidade acolhedora que fomos melhor recebidos em toda a viagem. Na lanchonete, no supermercado, no banco, nas barracas de souvenir e em todos os lugares visitados, as pessoas sempre nos receberam com educação e respeito. Parece mesmo uma cidade preparada para receber turistas.

Ao entrar na lanchonete para fazer uma refeição (fast food para não perder muito tempo), foi possível constatar porque a melhor música do mundo é a inglesa. Um presente dos céus! Tocava no sistema de som da lanchonete, sintonizado na rádio local, uma das minhas músicas prediletas: Shout - Tears for Fears. Foi só o começo. A Inglaterra vive a música em todos os lugares.

Nas ruas de Canterbury pode-se perceber o dia a dia da cidade com muitas crianças e adolescentes indo para a escola (com uniformes impecáveis). Todos muito bem vestidos para se proteger do clima ligeiramente frio da primavera inglesa (em torno de 15º C).

Não poderia deixar de registrar duas enormes diferenças em relação ao Brasil. Em primeiro lugar, a tranquilidade com que as pessoas andam nas ruas, sem medo de assalto ou quaisquer tipos de crimes. Aliás, registre-se, não me lembro de ter visto policiais nas ruas (nem na França, nem na Inglaterra). Os guias explicaram que o crime é muito raro e quando acontecem, têm punição severa (pensando nisso, a gente conclui que passou da hora de acabar com a impunidade no Brasil, não é mesmo?). Como escrito no post anterior, nada como andar sem medo pelas ruas (uma verdadeira sensação de liberdade, cantada por Paulo Ricardo do RPM, na linda música de Caetano - London, London). Outra diferença percebida em relação ao Brasil é a falta de burocracia (burrocracia brasileira). Precisei trocar uma nota de 50 Libras (que já estava fora de circulação na Inglaterra). A atendente da lanchonete me disse que poderia trocar em qualquer banco. Atravessei a rua e entrei em uma agência do Lloyds. Para começar, entrar em um banco sem guardas na porta e sem porta giratória, é surreal. O atendente foi gentil e trocou a nota antiga por uma nova, sem sequer me solicitar documentos e mesmo não sendo cliente do banco (mais uma vez, partem do princípio que todos são honestos e punem os fora da lei. Bem diferente do Brasil, não é?). Pra quê atrapalhar a vida de quem é correto, não é mesmo?

Infelizmente, já passava de 17h e era preciso seguir viagem em direção à Londres. O ônibus tomou a estrada rumo à capital inglesa e algumas horas depois, estávamos entrando na cidade. Impressionante como os ingleses souberam criar uma cidade gigantesca, preservando ao máximo a natureza. Parecia uma cidade no meio de uma floresta (que chamam de woods). As estradas são de um asfalto impecável, com 4 a 5 pistas em cada sentido (uma infraestrutura de dar inveja a qualquer brasileiro que trafega por estradas estatais e mal cuidadas por aqui).

Pouco tempo depois, chegávamos a Colliers Wood (em South Wimbledon), sul da capital inglesa, onde fica o Hotel Premier Inn. Pelas ruas já era possível avistar os ônibus vermelhos de dois andares, as casas e os estabelecimentos comerciais típicos da Inglaterra. Caía uma chuva fina e fria (também típica de Londres).

O Hotel Premier Inn nos surpreendeu. Muito confortável e com instalações modernas. O café do hotel era melhor que o do hotel da França, mas bem longe da variedade dos hotéis brasileiros. Alguns atendentes do hotel eram simpáticos (inclusive nos emprestaram adaptadores para conectar cabos de celulares e notebook). Outros nem tanto. Pelo cansaço do dia, pelo clima (garoa) e pelas distâncias em relação a pontos turísticos da capital inglesa, já não dava para fazer muita coisa a não ser descansar para aproveitar os dias seguintes. Antes, porém, resolvemos ir a um Supermercado bem próximo do hotel o M&S (Mark and Spencer).

Novamente nos surpreendemos com a praticidade e organização dos ingleses. Um supermercado imenso, com muita variedade (pena que não tivemos tempo de visitar supermercados na França). Lá pudemos encontrar vários produtos que por sua semelhança com os do Brasil, não correríamos risco de provar e não gostar (leite, iogurtes, queijos e pães). Mas o mais interessante foi comprar um pote com salada de frutas (algumas conhecidas como maçã, morango, uvas e outras como blueberries). O pote com a salada de frutas vem com uma colher descartável e com as frutas cortadas e na medida certa. Simples, prático, higiênico e funcional. Muito interessante também poder pagar sua compra em uma máquina de autoatendimento. Você mesmo passa os produtos pela leitora de código de barras, deposita as moedas ou notas e recebe o troco, sem espera, sem fila, sem estresse (seria bom que os brasileiros se dedicassem mais aos estudos e ao empreendedorismo. Os trabalhos repetitivos tendem a desaparecer, como foi possível perceber na Inglaterra).

Ah, estava me esquecendo de comentar sobre as moedas inglesas (pence). Elas confundem bastante, pois, não têm números como é comum em vários países. Elas têm cores, formatos e tamanhos diferentes e seu valor vem escrito em letras muito pequenas. Algumas vezes foi preciso pedir ajuda para entender...

Surpreendente também é a saída do supermercado (pelo menos foi assim nesse M&S de Colliers Wood e também em um outro supermercado em Canterbury). A saída é por dentro da loja. Ou seja, depois de pagar pelas compras, o cliente passa novamente pelas gôndolas antes de deixar o estabelecimento. Ninguém ousa, porém, levar produtos pelos quais não pagou. Ah, como eu gostaria que o Brasil fosse um pouco mais parecido com a Inglaterra, pelo menos nesse aspecto.

Dia 5: Londres é deslumbrante
Logo pela manhã, saímos para um city tour por Londres. Depois de enfrentar um trânsito pesado e lento (quase uma hora depois), chegamos ao centro de Londres. Primeiro fomos conhecer a famosa City. Trata-se do centro financeiro mais importante da Europa e talvez do mundo. A concentração de bancos e instituições financeiras na City leva uma multidão de executivos engravatados pelas ruas. Alguns chegam ao trabalho de bicicleta, outros de metrô e talvez apenas uma minoria de carro.

Atravessar o Rio Tâmisa pela London Bridge é muito interessante. Afinal, o visual da Tower Bridge ao longe e da Catedral de São Paulo é espetacular. Hora para uma pausa para muitas fotos.

O city tour continuou por points como Trafalgar Square, Piccadilly Circus e proximidades do Green Park e Hyde Park, além é claro do Big Ben e a Abadia de Westminster. O último ponto do city tour foi o Palácio de Buckingham. Eram 11 horas da manhã e iria acontecer a troca da guarda. O lugar estava lotado de gente de todos os lugares do mundo. Nesse momento deu para perceber o porquê da devoção dos britânicos pela família Real. Todos aqueles que gostam e estudam/trabalham com marketing precisam conhecer Londres. Em todo lugar, em qualquer situação, os ícones que lembram o Reino Unido estão à vista. Um show de marketing turístico. Impossível sair de Londres e não se lembrar da bandeira britânica, da cabine telefônica, dos cabs (táxis) ou do double decker red bus (ônibus duplo). Com certeza os britânicos já perceberam há muito tempo que tratar bem os turistas e valorizar os símbolos nacionais gera empregos e aumenta sua prosperidade.

Terminada a troca da guarda no Palácio de Buckingham, era chegada a hora de caminhar pelo centro de Londres. Não podia faltar uma visita e a foto próximo a estátua do Viscount Montgomery de Alamein (o general Montgomery da 2ª Guerra Mundial).

Uma paradinha para o lanche e o próximo ponto seria o passeio na London Eye. Que visual espetacular da cidade de Londres. Lá do alto tem-se uma visão ampla dos mais importantes pontos turísticos de Londres, sem contar a beleza do Rio Tâmisa. Londres nos presenteou com dias ensolarados e relativamente quentes (o padrão de Londres é dias frios, nublados ou com chuva). Com o sol, o visual do alto da London Eye ficou ainda mais bacana.

Atravessamos de volta a Ponte de Westminster e fizemos uma pausa para descanso no Whitehall Garden (an ideal place to sit awhile and enjoy the colourful spring flowers - lugar ideal para descansar e curtir as flores coloridas da primavera). Refeitos, partimos em direção à Trafalgar Square (não muito longe dali). Depois de algumas compras em lojas próximas à Trafalgar, nos surpreendemos com uma música (rock´n´roll, como convém à Londres) que vinha do outro lado da rua. Uma pequena multidão acompanhava alguns garotos (suponho entre dezoito e vinte e poucos anos) exibindo sua performance com bateria, guitarra e tudo o que têm direito. Muito bom! Tanto que foram aplaudidos entusiasticamente ao terminar a música.

Na Trafalgar Square havia centenas de pessoas conversando, fotografando ou simplesmente curtindo o ambiente londrino de sol meio tímido. Uma passadinha no National Gallery (entrada gratuita) e suas obras fantásticas e seguimos em direção à Piccadilly Circus. O Museu é fantástico, mas a experiência em Paris mostrava que com pouco tempo, talvez o contato com as pessoas valesse mais que ver as obras de arte do National Gallery.

Na Piccadilly Circus encontramos todo o grupo que fazia parte da excursão. Junto ao guia, o grupo decidiu ir a pé ao Soho (bairro boêmio de Londres). Preferimos continuar nas proximidades da Piccadilly, visitar lojas, tomar um café e curtir o coração londrino. Pouco depois de 18h, reencontramos o grupo e voltamos ao Hotel. Era hora de descansar e rever as centenas de fotos tiradas durante o dia.

Dia 5: Madame Tussauds, Tower Bridge e Abbey Road
Depois de vários dias de viagem, esse foi o primeiro dia em que acordamos um pouco mais tarde (por volta de 8h). Após o café, partimos em direção ao metrô, estação Colliers Wood (10 minutos a pé do hotel). Para utilizar o metrô por todo o dia pagamos em torno de 10 Libras por pessoa (um pouco mais que R$ 50).

O metrô de Londres é dividido em várias linhas. Colliers Wood fica na linha preta (Nothern Line). Para chegar à estação Baker Street (próxima ao Madame Tussauds) foi preciso trocar de linha (da preta para a marrom - Bakerloo Line) na estação Embankment. Quase 1 hora depois, chegamos a Baker Street. O museu é bem interessante, pois, há muitas réplicas de famosos em tamanho real. Lá estão os esportistas (Pelé estava lá), os cientistas (Einstein), os políticos (David Cameron e Obama), os atores, os cantores (Freddie Mercury) e grupos musicais (Beatles), além é claro da família real. Bem interessante, mas o ambiente escuro e fechado, me fez pensar nos parques que poderia estar visitando naquele momento.

De volta ao metrô e depois de trocar de linhas (apesar de muito bem servida de metrô, os pontos turísticos da cidade normalmente ficam em linhas diferentes), chegamos à estação Tower Hill. Hora de comer alguma coisa, pois já passava de 13h. Em seguida fomos à beira do Tâmisa ver a linda Tower Bridge. Apesar da possibilidade de fazer um passeio de barco, não havia tempo para isso. Depois de atravessar a Tower Bridge e tirar algumas fotos, voltamos ao metrô. A Sarah queria conhecer a famosa Abbey Road. Para chegar à estação St. John´s Wood tivemos que voltar todo o trajeto novamente (em direção ao norte) na Jubilee Line (linha cinza), que estava bem próximo de Baker Street.

Alguns quarteirões da estação St. John´s, chegamos à famosa Abbey Road, que estava lotada. Muitos fãs e curiosos tiravam fotos e atravessavam a famosa rua dos Beatles. Na volta, novamente de metrô, uma paradinha na também famosa estação King´s Cross (título da música do Pet Shop Boys) e fomos novamente à Piccadilly Circus. Mais compras no coração londrino e hora do café da tarde. Voltamos ao hotel para preparar para o último dia da viagem.

Dia 6: Big Ben, Westminster Abbey e Victoria Tower Gardens
O sábado seria o último dia da viagem. Acordamos logo cedo e novamente encaminhamos para a estação de metrô Colliers Wood para seguir rumo ao Big Ben. Precisávamos voltar àquele lugar mágico para mais fotos e curtir o restinho da nossa estada em Londres. Depois de fotos junto à estátua de Winston Churchill no Parliament Square Garden, seguimos em direção ao Victoria Tower Gardens um jardim muito limpo e tranquilo à beira do Rio Tâmisa, com o visual da Abadia de Westminster, o Big Ben e a London Eye, todos bastante próximos. Depois de algumas horas de tranquilidade nesse lugar fantástico, havia chegado a hora da volta. Novamente tomamos o metrô na Westminster station (Jubilee Line) e em Waterloo (uma estação depois), estávamos de volta à Nothern Line, indo em direção ao sul de Londres. Quarenta minutos depois já estávamos em Colliers Wood.
Depois de uma pausa para um almoço no KFC próximo ao hotel, estávamos de volta para fazer as malas e o check-out.

Algumas horas depois já estávamos no transfer de volta ao aeroporto de Heathrow. Gastamos quase uma hora até chegar ao aeroporto. Apesar de ser sábado à tarde, a distância era considerável e na parte final do trajeto havia um congestionamento (um carro com defeito foi suficiente para travar as pistas na proximidade do aeroporto). No trajeto até lá vimos parques, campos de golfe e atravessamos novamente o Tâmisa.

Algumas horas depois, estávamos à bordo do voo da British Airways de volta para São Paulo. Depois de quase 11 horas de voo, havia um misto de alegria por estar sobrevoando o Brasil, especialmente o Sul de Minas (4 horas da madrugada de domingo, dia 29/05/16), e ao mesmo tempo de tristeza por ter terminado essa viagem fantástica que vai deixar muitas saudades.

Não poderia deixar de registrar aqui meu agradecimento a Deus por ter cuidado de cada detalhe dessa viagem que significou uma experiência fantástica a todos nós. A você que teve paciência de ler todo esse longo post, um conselho. Não deixe de conhecer a Europa, especialmente a Inglaterra. Não é à toa que eles têm fama de um povo organizado, inteligente, educado e moderno. London is incredible!!!

Big Ben e a London Eye ao fundo

Abadia de Westminster

Palácio de Buckingham

London Eye

Piccadilly Circus

Tower Bridge

Whitehall Gardens

Canterbury Gardens

St. James Park












sábado, 11 de junho de 2016

Paris est si belle

Nesse post vou relatar um pouco sobre minha viagem à Europa, que aconteceu no mês de maio passado (05/2016). Fui conhecer as cidades de Paris e Londres. Como sempre existe uma certa tensão em viagens desse tipo, ainda mais em países de língua estrangeira, gostaria de contar um pouco da minha experiência e também das minhas impressões sobre Paris e a França (sobre Londres e a Inglaterra escrevo em outro post).

Por uma questão de organização e para uma melhor compreensão por parte do leitor, o post divide a viagem de acordo com os dias e as experiências vividas.

Dia 1: Chegada à Paris.
A chegada à cidade luz aconteceu pelo Aeroporto Internacional Charles de Gaulle. A viagem entre São Paulo e Paris teve uma escala em Londres (voo da British Airways). Do aeroporto, fomos direto para o Hotel Ibis Bagnolet (oeste de Paris). O aeroporto é muito grande, mas bastante organizado. Relativamente fácil de encontrar todas as informações (escritas em Inglês e Francês). Passado os procedimentos de praxe (apresentar o passaporte e pegar as bagagens), seguimos rumo ao hotel.

O Hotel Ibis Bagnolet é bem acanhado, mas serviu para o principal (o descanso depois de muito andar pelas ruas de Paris). Alguns dos atendentes do hotel tinham dificuldade com a língua inglesa e o café da manhã tem muito menos variedade que os cafés que os hotéis brasileiros costumam servir.

Logo no primeiro dia de Paris, com chuva, resolvemos nos aventurar pelo metrô até a Torre Eiffel. Da estação Gallieni (linha 3), partimos rumo à estação Trocadero. A linha 3 é servida por um trem já bastante desgastado, com aparência de velho. A estação Gallieni, próxima ao hotel, é escura e suja. Também percebemos um mal cheiro nas proximidades (isso não acontece apenas no Brasil). Na estação Havre-Caumartin mudamos para a linha 9. Nessa linha, os trens são mais novos. A estação é mais bem cuidada. Chegamos na estação Trocadero (melhor ponto para observar a Torre de longe).

Na praça do Trocadero estava chuviscando. Isso gerou uma certa frustração, mas logo depois de encontrar muitos vendedores ambulantes pelo caminho (quase todos senegaleses que ficavam contentes em saber que éramos brasileiros), chegamos na praça que abre uma ampla visão da magnífica Torre Eiffel. Depois de muitas fotos entre turistas de todo o mundo, que não estavam nem aí para a chuva fina e fria, retornamos ao metrô rumo ao hotel. Afinal, era precisa descansar depois da longa viagem de São Paulo a Paris (mais de 11 horas de voo até Londres e mais 1 hora e 30 minutos de Londres a Paris).

Dia 2: O magnífico Museu do Louvre.
Logo cedo partimos para um city tour para conhecer os principais pontos turísticos de Paris. Decepção total com a chuva intensa que caía e que nos impedia de visualizar e principalmente fotografar pontos como Arc de Triomphe, Invalides, Opera, Musée de L´armée, etc. Nos disseram que em Paris chove bastante e que tempo nublado é o mais comum. Paramos para almoçar no Museu do Louvre. A comida parisiense é muito fraca, se comparada à brasileira. Muito diferente, até estranha. Mas afinal, não esperávamos algo muito diferente disso.

O Museu do Louvre é fantástico. Obras maravilhosas de épocas diferentes, autores diferentes e de países diferentes. Vale muito a pena visitar o Museu do Louvre. A visita guiada é ainda melhor. Os guias normalmente conhecem a história e explicam tudo. Foi muito interessante, por exemplo, conhecer o porquê da fama do perfume francês. A história é mais ou menos a seguinte: na idade média, as pestes devastavam a população europeia. Os cientistas da época descobriram que banhar o corpo em vinagre (poderoso antisséptico) ajudava a afastar doenças, mas o cheiro... Daí tiveram a ideia de queimar ervas para melhorar o cheiro. Por isso par (por) fum (fumaça), logo: perfume.

Depois do Louvre, partimos para conhecer a Catedral de Sacré-Coeur em MontMartre. A Igreja é pura obra de arte, como quase tudo em Paris, mas fantástico mesmo é o visual. Do alto do monte dos mártires, é possível avistar muitos lugares da cidade. Além de que no entorno da Catedral, há diversas lojinhas de souvenir. Hora de comprar lembranças para os amigos do Brasil.

Dia 3: Versailles, Notre-Dame, Torre Eiffel e Arco do Triunfo.
O terceiro dia em Paris começou com a visita ao Chateau de Versailles (Castelo de Versailles). Versailles é uma cidade a sudoeste de Paris, a aproximadamente 25 km da capital. Para chegar até Versailles a estrada estava bastante congestionada (havia uma pequena colisão de veículos). A viagem que duraria 40 minutos, levou mais de 1h e 30 minutos (congestionamento não é exclusividade brasileira). As filas para comprar ingresso para entrar no Castelo são gigantescas. Muitas vezes alguns asiáticos (eles estão por toda parte) furavam a fila na maior cara de pau. Crianças e adolescentes até 18 anos não pagam para entrar no Castelo. A visita às obras e aos aposentos reais é bem interessante, mas para quem já havia conhecido o Louvre, talvez compensasse mais visitar os jardins do Castelo de Versailles que são belíssimos.

A visita ao Castelo de Versailles tomou toda a manhã. Após voltar às proximidades do Louvre e almoçar por ali, começou a visita guiada mais interessante de Paris: andar pelas ruas do bairro Latino, conhecer a Université de Sorbonne (como não lembrar da música Opportunities do Pet Shop Boys... I studied at Sorbonnne...) e principalmente a Catedral de Notre-Dame. A visita da Catedral é imperdível. As histórias por detrás de sua construção, o episódio da coroação de Napoleão, as esculturas, as pinturas... enfim, muito interessante.

Para terminar o dia mais proveitoso em Paris, veio o passeio pelo Rio Sena no Bateau Mouche. No início foi fantástico! O visual da Torre Eiffel, das pontes de Paris, do Museu D´Orsay e outros prédios à beira do Sena é simplesmente espetacular. O passeio, entretanto foi ofuscado pela falta de educação dos asiáticos e de alguns latinos que simplesmente desrespeitam tudo. Ao invés de permanecerem sentados para que todos tenham visão de tudo, ficam em pé, ofuscando a visão de quem gostaria de fazer o passeio sentado. No final todos foram obrigados a se levantar, sob pena de não ver absolutamente mais nada.

Terminado o passeio pelo Sena, vem outro ponto alto da visita à Paris: conhecer a Torre Eiffel. A subida é rápida e tranquila. No horário entre 18h e 20h não há tanta fila. O visual do alto da Torre é imperdível. Avista-se o Campo de Marte (local onde voou o 14 Bis) próximo à Torre, o Rio Sena, a Catedral de Sacré-Coeur, o Arco do Triunfo e as principais construções dessa cidade fantástica.

Para fechar a visita a Paris, não poderia faltar um passeio pela Champs-Elisée e o Arco do Triunfo. Uma pena. Chegamos na Champs-Elisée já por volta de 21:30h (muito tarde). As lojas nessa época do ano fecham por volta de 22h. O visual do Arco do Triunfo no final da tarde também é outra visita imperdível de Paris. Passear pela Champs-Elisée também é fantástico. Infelizmente faltou tempo para curtir mais o ambiente de luxo da famosa avenida. Faltou também tempo para passear por Paris iluminada. Chegou ao fim essa viagem incrível à cidade mais visitada do planeta. Não é pra menos. Paris merece a fama que tem. Com esperança de algum dia voltar a Paris, à bientôt é uma expressão de despedida mais adequada que au revoir.

Dia 4: Partida para Londres.
No quarto dia da viagem, chegou a hora de preparar a ida a Londres. Logo após o café, feito o check-out no Ibis Bagnolet, partimos de ônibus rumo ao Norte da França, até o Porto de Calais.

A região Norte da França é muito bonita. Muita plana e com muitas plantações dos dois lados da pista dupla, onde encontramos muitos caminhões. Trata-se de um trecho que liga a França aos Países Baixos. Uma região onde houve combates ferozes durante a Segunda Guerra Mundial. Difícil imaginar uma guerra naquele lugar tão lindo. Pouco mais de 2 horas de viagem depois, chegamos a Calais. Hora de tensão. Afinal, o próximo passo seria passar pela imigração do Reino Unido que é bastante rigorosa (com toda razão, afinal, um país tão organizado e pacífico não pode aceitar indivíduos que queiram lhes tirar a paz). Tudo certo na imigração.

Pouco menos de 1 hora de espera e já estávamos a bordo do Ferry Boat que nos levaria à ilha da Grã-Bretanha. Estava terminando a estadia em território francês, que vai deixar muita saudade.

A França é um país muito bonito e acolhedor. Possui algumas características parecidas com o Brasil (parece muito com algumas cidades paulistas), apesar de mais riqueza. Pontos positivos: não há qualquer sinal de violência e problemas com drogas, como ocorre na maioria das cidades brasileiras. Andar pelas ruas de Paris sem medo de crime foi espetacular (lógico que sempre é preciso estar atento, afinal trata-se de uma capital com gente do mundo todo). Como escrito antes, o visual de Paris é imperdível. Pontos negativos: algumas ruas com sujeira (embalagens, papel, toco de cigarro) e algumas estações de metrô escuras e sujas. Alguns franceses (principalmente os mais velhos) que rejeitam falar inglês, dificultando a comunicação, além de ser impacientes. Muita gente de cultura e locais diferentes do mundo, o que assusta um pouco.

Se você puder, não deixe de visitar Paris. Com certeza é uma viagem inesquecível.

Arco do Triunfo

Torre Eiffel

Catedral de Notre Dame

Museu do Louvre

Castelo de Versailles

Catedral de Sacre Coeur