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Isaías 9.6.

Um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz.

sábado, 23 de novembro de 2013

O Mal das Obras Inacabadas

O mal das Obras Inacabadas
Vinícius Montgomery de Miranda
                                                                                                             
Um dos maiores desafios da gestão de uma organização é antecipar-se aos acontecimentos futuros, sem descuidar das atividades operacionais. Lidar com o novo, reagir ao inesperado e adaptar-se às novas condições ambientais são atributos inerentes aos líderes organizacionais que superam momentos adversos à frente de empresas ou governos, conduzindo-os à normalidade. Para isso torna-se necessário conhecer as potencialidades e deficiências da organização e os desafios e oportunidades do ambiente. Os recursos disponíveis precisam ser utilizados da forma mais inteligente possível a fim de alcançar os melhores resultados e atender às necessidades de clientes e cidadãos. Trata-se de uma exigência fundamental dado o atual ambiente organizacional de mudanças constantes, de complexidade crescente e de um alto grau de interdependência entre agentes econômicos e sociais. A falta de planejamento nesse ambiente diminui drasticamente as possibilidades de sucesso da organização. No caso dos governos, a falta de planejamento frequentemente resulta em desperdício do dinheiro público e serviços de pior qualidade.

Infelizmente a realidade é bem distante do que seria ideal. Os agentes políticos e seus partidos, na ânsia de alcançar o poder, cada vez mais se esmeram em produzir campanhas políticas com requintes de marketing; a ponto de conseguirem eleger “um poste”.  O plano de governo tornou-se completamente desnecessário. As decisões de governo tornam-se cada vez mais ideológicas e distantes da racionalidade econômica. Na lógica política vale muito mais dizer que não vendemos empresas a estrangeiros a implantar a meritocracia que exija resultados duradouros. Isso explica um espetáculo triste que se repete a cada dois anos: a corrida desesperada para inaugurar obras, mesmo que estejam inacabadas. Na campanha política de 2010, a transposição do Rio São Francisco, que deveria ter sido concluída em 2011, foi uma das maiores vitrines eleitorais do então presidente-operário e de sua candidata-gestora. Três anos passaram, R$ 8,2 bilhões foram investidos e nenhuma gota de água chegou ao sertão nordestino, que enfrenta a pior seca da história. O concreto usado no leito do canal, construído para transportar o precioso líquido que salvaria vidas, se deteriora. A montanha de recursos empregados no projeto, escoa pelo ralo da incompetência administrativa.

Um levantamento feito pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada – com base em dados de 1995 e 2011, mostra que de fato a lógica eleitoral se sobrepõe ao que seria razoável do ponto de vista da gestão. O estudo mostra um expressivo aumento do investimento público em obras em anos pares (anos de eleição) e contenção de gastos nos anos subsequentes. Ou seja, a preocupação com o cronograma e o orçamento das obras simplesmente inexiste. Para o professor Marco Antonio Teixeira, do departamento de Gestão Pública da FGV – Fundação Getúlio Vargas, há um defeito no sistema político brasileiro. Ele permite a reeleição de chefes do Executivo, sem a necessidade de desincompatibilização do cargo. Assim, misturam-se o papel do Executivo, responsável maior pela gestão das cidades, dos estados e da nação, e o papel do candidato, interessado em reeleger-se ou eleger seu sucessor. Trata-se da receita perfeita para desperdiçar os recursos duramente arrancados de cidadãos e de empresas através de uma das maiores cargas tributárias do planeta.

Para não correr o risco de ver suas principais realizações serem creditadas aos sucessores, a maioria dos políticos, espertamente, prefere inaugurar obras inacabadas. Isso para não citar os desvios de verbas, superfaturamentos e outros problemas comuns a obras de grande porte. A falta de conhecimento em economia por parte do cidadão comum, a pobreza dos debates eleitorais, que muitas vezes viram espetáculos de ataques pessoais, e a grande mídia que prefere focar o entretenimento e questões comportamentais a debater os grandes problemas gerenciais do país, contribuem para perpetuar o status quo.


Figuram entre as mais importantes obras inacabadas, muitas vezes objeto de marketing político de candidatos ao Planalto, a ferrovia norte-sul que já recebeu R$ 7 bilhões e cuja construção começou em 1987; a duplicação da BR101 entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul que sugou R$ 2,4 bilhões e deveria ter sido entregue em 2004; o ferroanel de São Paulo; o acesso aos portos; o saneamento básico das grandes cidades, entre muitas outras obras. Sem uma infraestrutura adequada não há a mínima condição de o país desenvolver todo o seu potencial e competir em condição de igualdade com seus pares no cenário global. Passou da hora de reformar a legislação eleitoral para impedir que o cidadão seja enganado pelo marketing político eleitoreiro e de exigir que a gestão pública seja modernizada para seguir as avançadas técnicas de planejamento e organização tão competentemente empregada por empresas privadas brasileiras mundo afora.

Lua cheia em Itajubá

Lua em Itajubá, 18/11/2013!




domingo, 3 de novembro de 2013

Circuito Rio Manso

Em mais uma turnê pelas montanhas do Sul de Minas Gerais, hoje subi o Rio Lourenço Velho na divisa entre Itajubá e Maria da Fé até o bairro da Barra (divisa entre Maria da Fé, Itajubá e Delfim Moreira). Foram 11 km de asfalto de Itajubá, sentido Maria da Fé até a ponte do Ano Bom. Passando pela cachoeira do bairro até o Rio Manso (com várias quedas d´água e o rio Lourenço Velho muito lindo serpenteando as montanhas) foram mais 9 km. Do Rio Manso até a Barra foram mais 9 km. Da Barra subindo o rio até o bairro dos Pintos Negreiros (município de Maria da Fé) são mais 9 km. Se continuasse em frente, com mais 9 km chegaria a Dom Viçoso, mas virei à esquerda e subi em direção ao bairro da Mata de Cima, em Maria da Fé. Foram 7 km de subida com um visual espetacular. De um lado o vale com visual de Dom Viçoso, do outro a imponência do Pico dos Marins e do Itaguaré entre Marmelópolis e Passa Quatro, na divisa de Minas Gerais com São Paulo. Da Mata de Cima até a Mata do Isidoro foram mais 5 km e depois mais 4 km até o bairro das Posses. Das Posses até a estrada Itajubá-Maria da Fé foram mais 4 km. Desse ponto até a cidade de Maria da Fé são 2 km. Para descer até o bairro do Ano Bom (ponto de partida da estrada de terra) são mais 9 km. O circuito todo de estrada de terra com paisagens magníficas de rios, montanhas e cachoeiras foram 48 km. É possível fazer todo o circuito com carro comum ou de moto. Vale a pena conhecer esse visual espetacular do Sul de Minas.