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Um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz.

domingo, 30 de junho de 2013

domingo, 23 de junho de 2013

O assistencialismo e a competição

O assistencialismo e a competição
Vinícius Montgomery de Miranda
                                                                                                             
Os biólogos que cuidam de animais selvagens criados em cativeiro sabem que é muito complicada sua readaptação ao habitat natural. Esses animais perdem a capacidade de lutar pela sua própria sobrevivência, ganham peso e adoecem. Atletas de alta performance também sabem que poucos dias sem atividades físicas atrofiam músculos, faz diminuir a massa muscular e aumentam o percentual de gordura no corpo. Essa é a lei natural da vida. O homem e todos os seres vivos foram criados para a competição.
No ambiente econômico, a competição entre empresas é a raiz de todo o processo de inovação de produtos e serviços. É para conquistar mais clientes e aumentar resultados que as empresas se arriscam, investindo em ideias que se transformam em novos produtos. A seleção natural econômica premia as empresas mais eficientes e mais inovadoras, garantindo-lhes a sobrevivência. Goste-se ou não, o homem não tem poder de alterar essa lei da vida. Quando tenta fazê-lo, o resultado é desastroso; como se observa em países como Cuba, Coreia do Norte ou Venezuela, onde a qualidade de vida piora a cada ano.
Por outro lado, os países que entendem que a competição é bem-vinda, atingem elevado grau de desenvolvimento. Muitas vezes, mesmo sendo pobres em recursos naturais, como é o caso do Japão, tornam-se inovadores, desenvolvem uma indústria dinâmica e elevam a qualidade de vida de sua população. O Brasil e grande parte dos países da América Latina receberam uma herança cultural, histórica e religiosa que abomina a competição. Dessa forma, mesmo com toda a riqueza natural que possuem, não conseguem romper com as amarras que os prendem na condição de subdesenvolvidos.
No caso do Brasil, infelizmente a sociedade hesita em valorizar os cidadãos que se esforçam para ter uma vida digna. Muito pelo contrário. Para esses cidadãos sobram burocracia e tributos. Portanto, há um verdadeiro incentivo à cultura do mínimo esforço. É como se houvesse uma punição pelo esforço próprio, diante das benesses do dolce far niente. Daí a grande popularidade de programas sociais como o da Bolsa-Família. O que era para ser uma ajuda emergencial com o objetivo de reduzir a pobreza e diminuir a disparidade de renda, tornou-se meio de vida. A lógica da assistência social é que ela deveria durar apenas o suficiente para que o beneficiado se capacitasse para retornar ao mercado de trabalho. Entretanto, o que se observa país afora é que muitos chefes de família preferem manter-se na condição de desempregados ou de trabalhadores informais para continuar recebendo ajuda estatal. Os políticos espertalhões agradecem. Trata-se do voto cabresto institucionalizado, potencializado pela baixa escolaridade.

O problema maior desse assistencialismo são as oportunidades perdidas pelo país. Não há na história econômica da humanidade país que tenha se transformado sem valorizar o esforço de seus cidadãos. Coreia e China são exemplos de nações que conseguiram superar adversidades ao apostar na meritocracia e na educação. Não há segredo. Uma população mais escolarizada torna-se mais preparada para a competição do mundo atual. Os empregos são melhor remunerados. Novos negócios surgem. A qualidade de vida avança. Por que então insistir em um modelo que não deu certo em lugar algum? Porque o modelo atual gera domínio e dependência. Beneficia quem está no poder. Porque não há projetos para o país e principalmente porque quando as consequências negativas do modelo chegar, talvez o governo seja outro. E como diria John Maynard Keynes, no longo prazo todos estaremos mortos.