Visitantes

Eu amo montanhas

Eu amo montanhas
Montanhas...

Welcome to Vinicius Montgomery Blog

Você é sempre bem-vindo. Deixe seus comentários, críticas construtivas e sugestões. Volte sempre. Muito Obrigado.



You´re always welcome. Let your comments, positive critics and suggestions. Please come back soon. Thank you very much!

Pesquisar este blog

Isaías 9.6.

Um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz.

sábado, 18 de maio de 2013

O Brasil e a armadilha da renda média


O Brasil conseguirá escapar da armadilha da renda média?
Vinícius Montgomery de Miranda
                                                                                                             
A renda per capita é um dos mais importantes indicadores econômicos de riqueza de uma nação por captar a força do poder aquisitivo de sua população. Esse indicador é obtido dividindo-se o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma da riqueza gerada por um país durante um ano, por sua população. Segundo o Banco Mundial, são considerados países de renda média aqueles que possuem a renda per capita entre US$ 4.000 e US$ 12.000. Em 40 anos, o Brasil saltou de uma renda per capita de um pouco mais de US$ 3.000, no início da década de 1970, para aproximadamente US$ 11.500 em 2010.
Diversos fatores contribuíram para explicar a verdadeira transformação pela qual o Brasil passou nessas quatro décadas. Entre eles a redução da taxa de natalidade, a urbanização e a maior escolarização da população são fatores relevantes. Porém, nada foi tão importante quanto o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), arquitetado por Roberto Campos e Otávio de Gouveia de Bulhões no governo de Castelo Branco. Esse plano foi responsável pela modernização das instituições e por preparar a infraestrutura que permitiu ao Brasil crescer acima de 8% ao ano desde a metade da década de 1960 até o final da década de 1970. Os choques do Petróleo, o descontrole dos gastos governamentais e a inflação fizeram o crescimento cair drasticamente nas décadas seguintes.
Em um artigo do economista brasileiro Otaviano Canuto e do professor Richard-Agénor da Universidade de Manchester, os autores afirmam, porém, que a mesma estratégia utilizada pelo Brasil e demais países para escapar da pobreza não funciona para torná-los países de renda elevada. É o que os economistas chamam de armadilha da renda média. Isto é, os países que atingem esse nível de renda já não conseguem mais competir com os países de renda baixa, na produção de produtos de menor valor agregado, por terem custos de mão de obra mais baixos. Tampouco conseguem competir com os países de renda elevada, na produção de produtos sofisticados, já que estes exigem alto grau de especialização e tecnologia. Dessa forma, os países de renda média se caracterizam por apresentarem baixo crescimento de produtividade e uma parcela muito pequena de profissionais de alta qualificação focada na produção de produtos inovadores.
Se o Brasil quiser escapar dessa armadilha, será preciso romper com as amarras que seguram a produtividade de sua economia, que segundo estudo de economistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), cresceu apenas 11,3% (menos de 1% ao ano) entre 1992 e 2007. Novamente o país se depara com a necessidade de reformas estruturais que reduzam o tamanho do Estado e estimule o investimento privado. Se assim o fizesse haveria melhoria na infraestrutura, aumento da eficiência produtiva e finalmente, aumento da competitividade do produto brasileiro. Estaria aberta a passagem para o investimento em uma educação de qualidade e na tecnologia de ponta. Essa foi a receita adotada por países como Coreia do Sul e Japão para entrar no clube dos países ricos. Esse é o caminho que a China começou a trilhar há algumas décadas. O que está faltando ao Brasil para dar esse passo? Falta planejamento e vontade política. Por enquanto, conforme entrevista do economista indiano ao site UOL, autor do livro “Os Rumos da Prosperidade”, faltam ao Brasil estrutura e ambição para se tornar um país rico.

Nenhum comentário: