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sábado, 24 de novembro de 2012

O Capital Social e a geração de riqueza.


O Capital Social e a geração de riqueza
Vinícius Montgomery de Miranda

Segundo o filósofo e economista norte-americano Francis Fukuyama, o capital social de uma nação é o conjunto de normas que promove a confiança e a reciprocidade entre os agentes econômicos. Da mesma forma que o capital físico (máquinas, equipamentos e infraestrutura de produção) e o capital humano (escolaridade e capacitação da mão de obra), o capital social é um fator relevante no desenvolvimento de um país. Isso ocorre porque quanto maior a disponibilidade desses três tipos de capital, maior a produtividade da economia. O antropólogo Ignacio Garcia confirma a importância do capital social ao afirmar que organizações com elevado nível desse capital desenvolvem um ambiente de intensa cooperação. A confiança e a cooperação estimulam o surgimento de inovações e da transmissão do conhecimento entre gerações. Ou seja, um país com elevado nível de capital social tende a ser mais inovador e mais eficiente.

Por outro lado, Furlanetto na Revista de Sociologia e Política (2008) afirma que a interação de capital social e instituições determina o nível de eficiência da economia. Isto é, economias com elevado grau de capital social e instituições fortes apresentam menores custos de transações. Por isso há nelas, maior facilidade de negócios, maior competição entre empresas, mais inovação e crescimento econômico. Qual a situação do Brasil diante desse quadro? A Revista Exame de 3 de outubro de 2012 traz como reportagem de capa, a disparidade de produtividade entre o trabalhador brasileiro e o norte-americano. Segundo a revista, o trabalhador brasileiro gera, em média, um quinto da riqueza gerada pelo americano. O que explica tamanha disparidade? As deficiências no capital social e nos demais fatores. Perde-se produtividade, diminuem as possibilidades do país se tornar rico.

Os países campeões de produtividade são os que têm maior capacidade de inovação. Acontece que a inovação é tal qual uma semente, que para brotar precisa de um ambiente propício. O Brasil sai perdendo por ser muito burocrático e por possuir leis que atrasam a tomada de decisão empresarial. Apesar de a sociedade ter consciência da necessidade das reformas modernizantes, o governo e o Congresso insistem em medidas que produzem resultados apenas no curto prazo. Para não perder votos, o Congresso torna-se refém dos interesses das minorias. Não se discute a legitimidade desses interesses, mas quando eles prevalecem sobre o interesse coletivo, há uma diminuição no capital social do país. Ao longo do tempo esse modus operandi tende a se cristalizar, gerando o sentimento de que o importante é sempre obter vantagem, independente do bem comum. 

É esse o motivo pelo qual países africanos e árabes encontram tanta dificuldade em se desenvolver. Cada grupo na tentativa de se fazer prevalecer gera conflitos que turvam o ambiente de negócios.

No Brasil as leis não são alteradas para tornar o país mais competitivo e mais moderno. São feitos remendos que as tornam mais confusas e menos transparentes. Esse ambiente de baixa credibilidade e de falta de confiança nas instituições afasta investidores. Gera menos inovação, menos empregos e menos riqueza. Todos saem perdendo.

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