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Isaías 9.6.

Um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz.

domingo, 8 de abril de 2012

Futuro do Brasil


FERREIRA GULLAR
E o real cobra seu preço
A saída é cortar os gastos supérfluos com a máquina estatal e desonerar de taxas o custo da produção
Informações recentes parecem indicar que a economia brasileira caminha inexoravelmente para uma situação crítica, de difícil solução. A se efetivar tal previsão, dela resultaria uma crise política que poria em questão a hegemonia lulista sobre o sistema de poder.
A título de especulação, vamos tentar avaliar a natureza dessa crise futura e suas consequências. Mas, para isso, será necessário examinar o processo político e econômico que ajudou a criar a situação crítica a que se referem economistas e analistas da matéria.
Ninguém põe em dúvida o fato de que os governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso introduziram mudanças importantes no processo econômico brasileiro, criando condições para um crescimento saudável e sustentado.
Graças a essas medidas, o Brasil se livrou da inflação crônica que inviabilizava o crescimento da produção e consumia o valor dos salários. Aquelas foram medidas necessárias, mas não suficientes.
Lula assumiu a Presidência da República em 2003 e, muito embora tenha combatido todas aquelas medidas, resolveu adotá-las e usá-las como um modo de consolidar seu prestígio político e ampliá-lo. Graças a isso, pôde eleger Dilma Rousseff sua sucessora e, com isso, estender para diante seu projeto político.
A verdade, porém, é que, como não tinha um programa de governo nem muito menos um projeto estratégico para o país, valeu-se da estabilidade econômica e do momento propício do crescimento mundial para ampliar seus programas assistencialistas e propiciar aumentos salariais que beneficiaram amplas camadas da população mais pobre.
O crescimento do mercado interno, entre outros fatores, permitiu que o país passasse relativamente ileso pela crise que atingiu a economia mundial a partir de 2008.
Noutras palavras, desde que o petismo assumiu o governo, nenhuma medida foi tomada para atender às novas condições criadas pelo próprio crescimento da economia. De fato, o que se fez foi onerar os setores produtivos, ampliar a máquina estatal e aumentar as despesas públicas. O número de ministros subiu de 27 para 39 -ou 40, já nem sei- e, com eles, o número de funcionários concursados e não concursados. Seguindo o exemplo do Executivo, a Câmara, o Senado e o Judiciário criaram novos encargos para o Tesouro, aumentando o deficit público. Naturalmente, todas essas medidas -que ampliaram o consumo e mantiveram o crescimento da economia- deixam a população otimista, disposta a gastar, ainda que se endividando a cada dia.
E tudo isso, sem que se pague salário justo a professores e médicos, que desempenham papel vital para a sociedade. Mas essa gastança aproxima-se do fim, porque ou se põe termo a ela, ou o país caminhará para o impasse.
As mais recentes informações, colhidas nos institutos de pesquisa, compõem um quadro preocupante, a começar pelo índice de crescimento da economia que, no último ano, ficou em apenas 2,7%, abaixo de quase todos os país da região, exceto Guatemala e El Salvador.
Esse dado poderia ser visto como um fato conjuntural, não fossem outros, igualmente preocupantes, como o índice de investimento, que ficou em 19% do PIB, contra o índice de 23% da região, enquanto a produtividade do trabalhador brasileiro ocupa o 15º lugar na América Latina. Por outro lado, nossa produção industrial perde competitividade, devido à desvalorização do dólar, mas também aos encargos que oneram a folha de pagamento.
Noutras palavras, o país chega ao limite de seus gastos, quando a solução para o impasse seria investir na infraestrutura (portos, estradas de ferro, rodovias) e na formação de profissionais de alto nível técnico.
A saída é cortar os gastos supérfluos com a máquina estatal e desonerar de impostos e taxas o custo da produção. Mas, para isso, teria que contrariar os interesses dos partidos da base aliada e o poder das centrais sindicais, aliados do governo. Dilma teria que topar essa briga.
Se esse diagnóstico está correto, a lua de mel lulista com o poder parece aproximar-se do fim. Podem até ganhar as eleições deste ano e as de 2014. Não sei. O certo é que, cedo ou tarde, a realidade cobra seu preço.

Desindustrialização


ROBSON BRAGA DE ANDRADE
Sucatear a indústria é voltar ao século 19
Os manufaturados nacionais perdem os mercados interno e externo; desse jeito, teremos de volta o Brasil onde se importava tudo, gerando renda no exterior
Alguns momentos na história são determinantes. Neles, os países decidem que rumo querem tomar. O Brasil passa por um desses períodos.
À frente, existem duas opções. A primeira, que pressupõe o fortalecimento da indústria nacional, é virtuosa. Ela leva ao desenvolvimento e a todos os seus benefícios.
O segundo caminho, o do sucateamento industrial, é doloroso. Resultado das péssimas condições de competitividade a que as empresas estão submetidas, suas consequências são o atraso econômico e social.
A indústria de transformação, que exclui segmentos como a extração mineral e a construção, já foi responsável por 36% do Produto Interno Bruto (PIB) na década de 1980.
Essa participação cai de forma mais ou menos contínua desde o início dos anos 1990, chegando a 14,6% no ano passado, o menor nível desde 1956. Na Coreia do Sul e na China, dois dos nossos maiores concorrentes, a indústria corresponde a não menos do que 27,5% do PIB e a 29,6%, respectivamente.
Os manufaturados nacionais perdem espaço tanto internamente como no mercado externo. Entre 2002 e 2011, sua parcela na pauta de exportações caiu de 54,7% para 36,7%.
A balança comercial da manufatura passou a acumular deficits, com as importações ganhando terreno sobre as exportações. Esse rombo foi de US$ 92,46 bilhões e pode superar US$ 94 bilhões em 2012.
Em segmentos como têxteis, autopeças, eletroeletrônicos e bens de capital, a situação é dramática.
Eles sofrem com a enxurrada de importados, estimulada por um real supervalorizado. Impulsionados por mão de obra barata e câmbio artificialmente desvalorizado, os produtos chineses invadiram o mercado interno. Com importações maciças, o Brasil cria emprego e gera renda lá fora.
Um país como o Brasil não pode prescindir de uma indústria forte e competitiva para gerar empregos de boa qualidade e em grande quantidade. Só a indústria tem o poder de irradiar a prosperidade em larga escala, estimulando as vendas de outros setores, nas extensas cadeias de produção.
Sempre que a economia brasileira cresceu a taxas elevadas, nos anos 1970 ou em 2010, foi puxada pela atividade fabril. Não existe país rico sem indústria forte.
Medidas recentes, como a taxação do capital especulativo e o aumento de impostos para automóveis de montadoras que não fabricam no país, vão na direção correta. Mas o ritmo é lento. O câmbio valorizado está matando a competitividade dos produtos brasileiros.
É preciso tomar ações enérgicas para reverter o cenário. O governo deve adotar um controle de capitais rígido, com quarentena de pelo menos seis meses para aplicações de curto prazo, taxação sobre seus ganhos ou a instituição de um pedágio.
É preciso também atacar logo as causas estruturais da falta de competitividade. O sistema tributário torna a vida do empresário um inferno, onera investimentos e exportações, enquanto estimula importações, em um contrassenso difícil de explicar.
O custo dos investimentos ainda é um dos maiores do mundo. A burocracia impõe encargos desnecessários. Deficiências de infraestrutura e de logística encarecem os produtos.
O fato de os industriais brasileiros insistirem em produzir em um ambiente tão hostil só pode ser creditado à sua tenacidade.
O governo precisa dar passos mais decisivos para retirar os entraves à competitividade. Com urgência. Mantido o quadro atual, acabaremos voltando ao século 19, onde se importava tudo. Não podemos voltar a ser reféns dos humores internacionais, sob pena de perdermos boa parte de nossa soberania.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Tentativa de subir a Pedra da Chita em Piranguçu-MG

Hoje, 06/04/12, eu e os amigos Adalto, Dênis e Giordano tentamos chegar ao topo da Pedra da Chita em Piranguçu, mas infelizmente não conseguimos. Na verdade, ao começar a subir a trilha entre o bananal chegamos em um curral. Dali deveríamos seguir à direita, mas acabamos indo pela esquerda deslumbrados com a laje de pedra logo acima que parecia ser relativamente fácil de subir. O problema é que embrenhamos na mata fechada e devido à dificuldade, acabamos por desistir. Mas não tem nada não. Da próxima vez, já sabemos o caminho.